Subscrição de Obrigações da Sonangol decorre de 28 de Agosto a 12 de Setembro
A petrolífera estatal Sonangol vai reabrir o mercado de obrigações corporativas no País ao emitir a 14 de Setembro obrigações títulos no valor de até 75 mil milhões Kz com maturidade de 5 anos e com taxa de 17,5%, ou seja mais 2,5% em relação ao que o Estado está a pagar para activos com a mesma maturidade. A emissão tem como objectivo pagar a dívida a fornecedores em moeda nacional e também contribuir para investimentos.
Em termos práticos, esta será a segunda vez que uma empresa recorre ao mercado obrigacionista em Angola, já que o Standard Bank fez há uns anos uma emissão fechada a grandes investidores. A diferença é que a da Sonangol será aberta a todos os investidores nacionais ou estrangeiros particulares ou empresas residentes em Angola.
Os investidores interessados em adquirir estas obrigações deverão dirigir-se de 14 a 28 de Agosto aos balcões do BFA, do Standard Bank de Angola ou do BAI para solicitar a abertura da conta custódia nas únicas distribuidoras autorizadas, nomeadamente a BFA Capital Markets, a Standard Bank Capital Markets e a Áurea.
Cada unidade de obrigações Sonangol 2023-2028 tem o valor de 10 mil Kz e apenas se pode adquirir um mínimo de 10, que perfazem o valor de 100 mil kz.
De 28 de Agosto a 12 de Setembro vai decorrer a subscrição, ou seja, os investidores vão por via dos intermediários financeiros acima mencionados emitir as ordens de compra nos balcões dos bancos parceiros das distribuidoras.
A 14 de Setembro ocorre a liquidação física e financeira depois de no dia anterior decorrer a sessão especial na BODIVA para apuramento dos resultados. Aos investidores recomenda-se que no momento da ordem tenham já os valores na conta para a compra.
Os cupões serão pagos semestralmente a 14 de Março e 14 de Setembro de cada ano entre 2024 até 2028. Tecnicamente, ao investir nas obrigações da Sonangol o investidor está a emprestar dinheiro à maior empresa angolana, que por sua vez vai pagar juros de seis em seis meses aos seus credores.
A operação está preparada no sentido de existir um excesso de procura e para estes casos haverá um rateio, ou seja divisão das acções pelos candidatos. Tendo como prioridade os que se candidatarem para o menor número de obrigações, por exemplo 10 obrigações, vão receber a totalidade e os que solicitarem mais receberão acções proporcionalmente sendo que quem se candidatar a comprar mais não receberá o número de acções a que se candidatou.