O Governo anunciou que, entre 2019 e 2024, foram criados 1,1 milhão de empregos em Angola. A informação foi divulgada pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, destacando programas de formação, inserção de jovens e apoio ao empreendedorismo.
Apesar de o número indicar progresso, analistas sublinham que a maioria dos postos de trabalho é informal, o que significa ausência de contratos, benefícios e estabilidade. Dados recentes do Instituto Nacional de Estatística mostram que apenas cerca de 14% da população empregada tem um trabalho formal.
Para muitas famílias, o emprego informal garante apenas rendimento de subsistência, sem garantias de futuro. Especialistas defendem que a prioridade deve agora ser transformar empregos informais em oportunidades formais e sustentáveis, com políticas fiscais e laborais que incentivem as empresas a contratar legalmente.
A geração de emprego continua a ser uma das maiores preocupações nacionais — e medir o impacto real destes 1,1 milhão de postos é essencial para perceber se Angola está, de facto, a crescer de forma inclusiva.