Apenas quatro em cada dez famílias angolanas afirmam conseguir poupar, segundo o mais recente Inquérito de Conjuntura no Consumidor, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O estudo mostra que a maioria dos agregados familiares vê o rendimento mensal ser totalmente absorvido por despesas essenciais, como alimentação, transporte e habitação, restando pouco ou nada para poupança.
De acordo com o INE, a perceção das famílias sobre a situação económica continua negativa, refletindo um ambiente de preços elevados e baixo poder de compra. O inquérito aponta também para uma expectativa moderada de melhoria nos próximos meses, mas sem indícios de recuperação significativa da capacidade de poupança.
Economistas defendem que estes resultados devem servir de alerta para políticas públicas mais focadas na proteção do rendimento familiar e na promoção de produtos de poupança acessíveis.