31% da População Angolana vive na pobreza extrema

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Entre 2016 e janeiro de 2025, a pobreza extrema em Angola aumentou 82%, passando de 6,4 milhões (22% da população) para 11,6 milhões de pessoas (31% da população), segundo dados da plataforma “World Poverty Clock”.

Este agravamento está associado ao fraco desempenho económico, à ineficácia das políticas públicas na última década e ao crescimento populacional. Após a crise petrolífera de 2014, Angola enfrentou uma recessão económica de cinco anos, resultando numa queda de 36% no PIB per capita, que passou de 4.629 USD em 2017 para 2.961 USD em 2024, conforme dados do Banco Mundial.

A dependência excessiva do setor petrolífero e o desenvolvimento lento de outros setores, como a agropecuária, pescas e indústria transformadora, contribuíram para este cenário. Além disso, a pandemia de Covid-19 impactou negativamente a economia e a sociedade angolana.

Angola integra um grupo de 12 países onde o número de pessoas que vivem com menos de 2,15 USD por dia continua a crescer, incluindo República Dominicana, Colômbia, Venezuela, Gâmbia, Nigéria, Zimbabué, Sudão, Sudão do Sul, Eritreia, Iémen e Afeganistão.

Esses indicadores ressaltam a necessidade de monitorar e avaliar o impacto das políticas públicas em implementação, especialmente os programas de combate à pobreza, que enfrentam desafios como falta de relevância política, financiamento inadequado, coordenação insuficiente entre instituições e ausência de fiscalização por entidades independentes.

Fonte: Jornal Expansão

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