Nunca houve um momento tão favorável ao empreendedorismo feminino. Hoje, mais de 658 milhões de mulheres lideram negócios no mundo, aproximando-se dos 772 milhões de homens. Dois terços delas estão no início da jornada. Foi nesse contexto que a Forbes lançou o seu primeiro ranking global das 50 mulheres mais ricas do mundo que construíram fortunas por mérito próprio, sem heranças ou casamentos estratégicos.
No topo da lista está Rafaela Aponte-Diamant, suíça, cofundadora da Mediterranean Shipping Company (MSC), com um património de US$ 38,8 mil milhões. Segue-se Diane Hendricks, dos EUA, com US$ 22,3 mil milhões. A lista inclui empresárias da tecnologia, saúde, retalho e media, como Oprah Winfrey, Zhou Qunfei (Lens Technology) e Melanie Perkins (Canva). A maioria está na Ásia-Pacífico (24), seguida pelos EUA (20), e Europa (6).
A australiana Melanie Perkins, cofundadora da empresa de softwares de design Canva, fundada em 2013, é a mais jovem desse grupo, com 38 anos. Logo depois vem a russa Tatyana Kim, de 49 anos, ex-professora de inglês que fundou a Wildberries, atualmente o maior varejista online da Rússia.
Apesar dos avanços, o contraste continua gritante: os 50 homens self-made mais ricos detêm um património 14 vezes maior. Pior: não há nenhuma mulher africana ou sul-americana nesta lista. Ainda assim, elas representam 3,5% dos bilionários do mundo — um crescimento de 50% desde 2017.
Este ranking revela uma tendência positiva, mas também alerta: o caminho para a igualdade no mundo dos negócios ainda é longo — e cada história contada pode inspirar mudanças reais.
Fonte: Revista Forbes