Na natureza, o sapo não fica muito tempo na mesma folha: salta sempre em busca de algo melhor.
Inspirada nisso, a Geração Z (formada por jovens nascidos entre 1997 e 2012), é a primeira a crescer totalmente ligada ao mundo digital, trouxe para os escritórios um novo fenómeno conhecido como “office frogging”, ou seja ser um sapo de escritório. A ideia é simples: mudar de emprego com mais frequência para alcançar crescimento profissional e melhores condições de vida.
De acordo com a Forbes, quase três em cada cinco profissionais no mundo planeiam trocar de trabalho este ano. E quem lidera essa tendência são os jovens da Geração Z. Diferente das gerações anteriores, que valorizavam estabilidade e permanência numa mesma empresa, estes profissionais preferem saltar sempre que percebem que podem ganhar mais, aprender novas competências ou encontrar um ambiente mais saudável e flexível.
Especialistas explicam que esses jovens não têm medo de dar um salto de fé. O que procuram é equilíbrio entre vida pessoal e carreira, líderes mais inspiradores, menos ansiedade e, claro, salários mais atrativos. Num mercado em constante mudança, esse comportamento pode ser visto como arriscado, mas também como uma estratégia inteligente para não ficar preso a oportunidades limitadas. Claro que quanto menor o nível de responsabilidades na vida mais fácil é dar estes saltos, quem têm mais responsabilidades familiares e sente-se estável no trabalho ou tem vários benefícios não valoriza tanto os saltos.
Para países como Angola, onde muitos jovens enfrentam dificuldades em encontrar o primeiro emprego e ainda mais em crescer dentro das empresas, esta visão pode trazer lições úteis.
Talvez não seja apenas sobre “ficar” para mostrar lealdade, mas também sobre avaliar se a experiência atual está realmente a trazer benefícios concretos. Saltar de um emprego para outro pode ser uma forma de acumular aprendizagens rápidas, aumentar o valor no mercado de trabalho e conquistar rendimentos que façam diferença no bolso.
Em algumas áreas é mais fácil notar estes pulos até em profissionais mais seniores, na banca e no jornalismo, encontramos sempre aquela pessoa que já trabalhou no banco A e B e agora vai para o C, tem o jornalista que já trabalhou em 3 canais de TV privados
Por outro lado, é importante lembrar que cada salto deve ser calculado. Mudar apenas por impulso pode prejudicar a imagem profissional. O segredo está em perceber se a nova oportunidade realmente representa um avanço, seja em salário, em aprendizagem ou em bem-estar.
Assim, “ser um sapo de escritório” não é sinónimo de instabilidade, mas de estratégia. Para a Geração Z, cada movimento é um passo em direção a uma carreira mais alinhada com os seus objetivos e com a qualidade de vida que procuram. Qual a sua opinião? Vale a pena dar alguns saltos ou é preferível procurar por estabilidade?