Empregabilidade em tempos de crise!

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Quando a Márcia Coelho me convidou para escrever este artigo, confesso que não sabia muito bem qual a melhor abordagem para falar deste tema que ganhou uma dimensão ainda maior com a propagação desta pandemia que nos assola a todos. O principal desafio, foi não querer estar a apresentar indicadores numéricos, mas fazer uma abordagem que levasse à vossa reflexão e quem sabe a uma tomada de acção.

Em primeiro lugar, sempre que se associa a palavra emprego a situações de crise, o cenário que tendemos a fazer é negativo e destruidor. Não há vagas, não há empresas a recrutar, as empresas estão a retrair e até a fechar. De facto, isso é verdade até certo ponto, mas é também nestes momentos de crise que algumas organizações se preparam de tal forma que se tornam eficientes o que lhes permite ter um crescimento bem estruturado e consolidado.

E é nestas empresas que o leitor deverá ter em atenção e consideração. Deverá questionar-se: quais são as empresas que têm indicadores de crescimento? Quais são as empresas que continuam a recrutar? Quais são os perfis mais exigidos? Qual a tendência do mercado a nível de contratações? Quais são as funções do futuro?

Estar atento, preparado para essas possibilidades é um elemento diferenciador, se ainda não está à procura de emprego, pode sempre acompanhar o que está a acontecer na sua área de especialidade ou nas áreas em que gostaria de trabalhar. Se já está em processo activo de procura de emprego, faça uma breve análise do que procura e se a forma como está a procurar emprego é a mais eficiente.

Por exemplo, quando está a procurar emprego, o que valoriza? Quais as informações que mede e analisa? De que forma apresenta a sua candidatura? Com cuidado e personalizada, ou apenas mais um e-mail que envia a todas as empresas que conhece e conhecimento de todos e aí “despeja” um anexo em pdf com o seu CV e um texto a dizer algo como “Ao C/ do Director de Recursos Humanos, o meu CV em anexo”.

Está a compreender o que falta? O recrutador, está sempre atento às candidaturas espontâneas que se sobressaem, que têm algo de diferente, que se destacam naquele imenso mundo de CV padronizados. Se por exemplo, utilizar a plataforma do LinkedIn, pff tenha o cuidado de não enviar o seu CV sem qualquer enquadramento, tenha o seu perfil actualizado, destaque o que é importante, alimente-o com informação cuidada e sem erros, tenha uma foto, escreva algum artigo, siga as pessoas que podem trazer valor à sua rede, não apenas para que seja recrutado, mas porque de facto estas pessoas trazem valor e conhecimento para si. E nesse momento, convide o recrutador a visitar a sua página. Destaque-se, porque acha que é importante para aquela organização? O que o faz candidatar-se?

Seja em situação de crise ou não, a forma como se posiciona ao apresentar a sua candidatura é o primeiro passo importante para seguir para as diferentes fases de um processo de recrutamento.

Neste momento em que vivemos, explore também as suas competências, o que pode ainda desenvolver? Conheça as funções do futuro. Mantenha um posicionamento de contínua aprendizagem. Pode ser que não consiga o emprego, mas está a preparar-se, está a manter-se actualizado e esse investimento, que nem sempre necessita de ser financeiro, dada a possibilidade de cursos, workshops, formações gratuitas, permite estar preparado para o seu próximo emprego. Seja optimista, resiliente e focado.

Eva Rosa Santos

Fundadora Comunidade Recursos Humanos e Liderança Feminina Angola

Coach, mentora, Especialista em RH


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