Os angolanos reclamaram menos em 2021. Relativamente ao número de reclamações feitas, este caiu de quase 6,8 mil reclamações em 2020 para apenas 3,9 mil o ano passado, uma quebra de 42%. Também o número de reclamações resolvidas baixou. Em valor total, passou de 4,9 mil para 1,9 mil e, em percentual de resolução face ao total das queixas recebidas, caiu de 64,1% para 43%. Significa isto que o dinheiro restituído aos cidadãos também baixou (-37%), passando de 253 milhões Kz em 2020 para 159 milhões Kz no ano passado.
As razões apontadas pelos consumidores estão maioritariamente ligadas à má prestação de serviço, má qualidade dos bens comercializados e incumprimento contratual. Cabe acrescentar que algumas das queixas, onde não possível entendimento entre as partes, foram encaminhadas para tribunal pelo INADEC. Os dados constam do relatório estatístico anual do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, que coloca o Banco de Poupança e Crédito (BPC), a empresa de telecomunicações UNITEL e a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) como as que mais reclamações tiveram em 2021.
Olhando para os números do ano passado, no total foram registadas mais de 3,9 mil reclamações. O BPC, pelo segundo ano consecutivo, liderou o ranking das empresas com mais queixas, 238 processos. As reclamações contra o BPC estão ligadas aos serviços de conta corrente à ordem, morosidade nos movimentos em caixas automáticas (multicaixas), terminais auto[1]máticos (TPA) e transferências.
Fonte: Jornal Expansão