Vera Daves de Sousa esteve na Assembleia Nacional durante a semana, onde foi explicar as opções políticas que deram forma à proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2023. Durante a sua explanação perante os deputados e equipa económica, a ministra das Finanças associou eventuais melhorias salariais, reclamadas por vários sectores (com a educação e a saúde no topo da insatisfação), ao crescimento da economia e ao aumento das receitas públicas.
A ministra das Finanças defendeu que o sector produtivo deve ser prioridade na atribuição de recursos porque é “o cérebro que faz mexer a economia”, criando emprego e espaço para enfrentar os desafios sociais.
Desde 2014, a economia nacional enfrentou um longo período de recessão económica, uma crise profunda agravada pela pandemia, e um fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), apesar dos cerca de 3% registados em 2022. Apesar da fraca recuperação pós-Covid e dos constrangimentos que marcam a economia angolana, Vera Daves de Sousa garantiu que “o Executivo continua preocupado em criar condições para pagar melhores salários aos funcionários públicos”.
“Trata-se de um exercício contínuo, cuja solução está dependente do crescimento do PIB, enquanto garante de maior receita e forma de reduzir o fosso que ainda existe entre os vários grupos sociais. Quanto mais longe formos no aumento da despesa com o pessoal, menos longe podemos ir com as despesas de capital”, defendeu a governante perante os deputados.
Vera Daves de Sousa disse também, citada pelo site oficial do Ministério das Finanças, que o Executivo tem procurado “alinhar-se às expectativas dos funcionários”, apesar de nem sempre ser possível satisfazer os anseios de todos “tanto na dimensão como na velocidade que muitas das classes de funcionários públicos gostariam”.
Fonte: Jornal Expansão