A subida dos preços do barril nos mercados internacionais e a quebra do consumo a nível interno, provocada pela descida do poder de compra dos angolanos, continuam a reduzir a pressão sobre o mercado cambial. Menos procura por divisas justifica a apreciação da moeda nacional.
A moeda nacional não pára de apreciar desde o ano passado e, esta semana, ao atingir uma taxa de câmbio média de 534,6 Kz por USD, a moeda norte-americana bateu mínimos de 21 meses, de acordo com cálculos do Jornal Expansão com base em dados do Banco Nacional de Angola (BNA). O mesmo acontece com o euro, que bateu mínimos de 20 meses.
A consultora Fitch Solutions antevê que o kwanza vá apreciar-se 15,1%, em média, para 514,39 kwanzas por dólar em 2022, depois de um forte desempenho em 2021″, lê-se numa análise à evolução das principais moedas africanas no ano passado e neste ano.
No relatório, os analistas da consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings escrevem que “apesar de a produção de petróleo ter continuado a cair durante 2021, os melhoramentos em termos de comércio, num contexto de subida dos preços do petróleo, resultaram numa apreciação da moeda, particularmente no último trimestre do ano passado”.
Fonte: Jornal Expansão