Bill Gates apelou aos países e às pessoas mais ricas para que deem mais dinheiro ao Sul Global, durante a sua participação em um painel no Fórum Económico Mundial em Davos.
O fundador da Microsoft fez os comentários durante a sessão “Abordando o Cisma Norte-Sul”.
“Encontramo-nos numa conjuntura em que a procura de recursos excede os recursos disponíveis e as necessidades provenientes da Ucrânia, do Médio Oriente, da mitigação climática, da adaptação climática”, disse Gates.
A sexta pessoa mais rica do mundo propôs três soluções – a primeira sendo mais generosidade, que descreveu como “imperativa”.
“Aqueles que têm mais – sejam países, empresas ou indivíduos – deveriam ser pressionados a serem mais generosos”, disse ele.
Gates usou o exemplo de uma meta estabelecida pela primeira vez pelas Nações Unidas em 1970, que apela aos países economicamente avançados para doarem 0,7% do seu rendimento nacional bruto em ajuda.
Em 2022, apenas a Suécia, a Noruega, a Dinamarca e o Luxemburgo atingiram ou ultrapassaram esta meta, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
A segunda ideia de Gates propunha concentrar-se nas áreas de maior impacto, perguntando aos países sobre as suas prioridades, como saúde, nutrição ou educação.
“Eu diria que há uma diferença de quase 100 vezes entre algumas iniciativas e outras”, acrescentou.
No seu ponto final, Gates disse: “Tem havido muito pouca inovação nas necessidades do Sul Global, quer se trate da malária, quer se trate das suas colheitas”.
“O montante que investimos na melhoria da produtividade agrícola é dramaticamente menor do que deveria ser”, acrescentou.
Fonte: Business Insider