O Governo decidiu adiar novamente a entrada em vigor da factura electrónica, que só passará a ser obrigatória a partir de 1 de janeiro de 2026. A medida, que estava prevista para arrancar já no mês de outubro, foi suspensa devido à constatação de que ainda não existem condições técnicas nem estruturais suficientes para a sua implementação em todo o país.
Na prática, as empresas e contribuintes continuam a trabalhar com o sistema atual, baseado em papel e facturação mista, o que significa que os custos e a burocracia mantêm-se até ao final do ano. Apesar da frustração de alguns setores, o adiamento representa também uma oportunidade: tanto empresas como o próprio Estado ganham mais tempo para se preparar para uma transição mais segura e funcional.
A factura electrónica é vista como um passo essencial para combater a evasão fiscal, aumentar a transparência e simplificar os processos de contabilidade e pagamento de impostos. Para os cidadãos, poderá significar maior rapidez nos serviços e menos papelada no futuro. Já para os pequenos negócios, o desafio será adaptar-se às novas tecnologias, mas com benefícios na organização e gestão das suas contas.
