O administrador do Banco Nacional de Angola (BNA), Pedro Castro e Silva, disse a margem da conferência sobre Criptomoedas/Angola estar em curso um estudo para a implementação de moedas digitais, emitidas pelo banco central no país, por formas a propiciar o processo de inclusão financeira.
Segundo o responsável, a tendência mundial é de implementação de moedas digitais e, neste contexto, as criptomoedas já não estão sozinhas na arena internacional, já que existem iniciativas dos bancos centrais e de empresas particulares de tecnologia na emissão destas formas de pagamentos.
O objectivo destas instituições financeiras, acrescentou, é comum porque visa facilitar as formas de pagamentos particular e, de forma geral, promover a inclusão financeira. Neste sentido, apontou que o BNA estuda este processo para entender a implementação das moedas digitais, concretamente as emitidas pelos bancos centrais.
Pedro Castro e Silva, que não avançou outros detalhes sobre este estudo, fez saber que as criptomoedas, em particular, não fazem parte das agendas dos bancos por não estarem licenciados para o efeito e se trata de movimentos promovidos por uma comunidade ligada às startups e a inovação.
“O BNA nunca proibiu o uso deste tipo de moedas e nem diz ser ilegal, mas tem estado a informar que quem transacciona moeda, que não é emitida centralmente, está a fazê-lo por sua conta e risco”, explicou.
Em Angola já há alguns usuários de criptomoedas, os quais solicitam ao Estado licenças para poderem transaccionar este tipo de formas de pagamentos. O administrador explicou que o banco central angolano, tal como ocorre mundialmente, não tem o controlo dos produtores desta moeda.
As Criptomoedas são um novo conceito financeiro, pois é uma moeda virtual que vem conquistando o mercado mundial, com especialistas a considerá-las “a revolução silenciosa do dinheiro digital universal”.
Em alguns países africanos, nomeadamente Nigéria, África do Sul, Quénia e Camarões, são visíveis um número crescente de usuários destas moedas.
Fonte: ANGOP