Kamba, sabes que a taxa de mortalidade anual das empresas em Angola ronda os 70%? Isto quer dizer que, em cada 100 empresas criadas, 70 acabam por “sucumbir” ao fim de 1 ano de actividade. Com isto não te quero desanimar, apenas alertar para os desafios que tens de enfrentar quando decides seguir o caminho do empreendedorismo.
Mas vamos esquecer por momentos os constrangimentos no acesso ao crédito bancário, as elevadas taxas de juro, a falta de apoio do Estado, e outras razões que levam ao insucesso das empresas nacionais.
Vamos falar do que podemos fazer, e que depende apenas de nós, para que a nossa empresa, a nossa marca e os nossos produtos e serviços façam parte dos 30% dos negócios que prosperam. E a palavra-chave aqui é Marca:
- Enquanto que os produtos e serviços que vendemos têm características “facilmente” copiáveis, como o preço, a distribuição e a disponibilidade, uma marca tem uma identidade própria e única, dificilmente copiável.
- Uma marca tem a capacidade de agregar aos produtos e serviços que vendemos, um conjunto extra de benefícios emocionais intangíveis que, se forem relevantes, fazem a diferença face à concorrência, na escolha do consumidor.
- As marcas que cumprem aquilo que prometem fidelizam os clientes. Clientes fiéis compram com maior regularidade.
- As marcas estão entre os activos mais importantes que as empresas e os empreendedores têm capacidade de controlar. E as marcas fortes conseguem assegurar a continuidade do negócio, mesmo em momentos de crise.
- As marcas e os seus empreendedores têm histórias para contar.
Então é importante colocarmos as nossas marcas em acção. Mas como é que podemos fazer isto?
Angola tem observado altas taxas de crescimento da internet e dos canais online, o que permite que as marcas dos empreendedores e das micro, pequenas e médias empresas consigam atingir grandes audiências, se investirem no digital. Antes da expansão da internet estas audiências só poderiam ser alcançadas pelas grandes marcas, com os seus avultados orçamentos para comunicar em meios como a televisão, a rádio e a imprensa.
Por outro lado, a quase inexistência de barreiras para criar e promover as marcas no digital também traz desafios para os empreendedores. Num espaço onde coabitam tantas marcas é cada vez mais difícil conseguir a atenção dos consumidores. Só marcas que apresentam um factor “UAU!” são ouvidas e até mesmo defendidas.
E quais são os principais recursos que os empreendedores têm ao seu dispor para activarem as suas marcas no contexto digital?
Recursos próprios
- Website
- Blog
- E-commerce
- Email marketing
Recursos externos
- Redes sociais
- Relações públicas
Os recursos próprios são importantes porque são controlados pelas próprias marcas, e o conteúdo que é publicado e/ou distribuído nestes canais não está sujeito aos termos e condições de terceiros ou às regras dos algoritmos das plataformas dominantes. Uma base de dados de contactos de email pode ser uma ferramenta poderosa de relacionamento com os clientes, que pode aumentar as vendas, sobretudo se combinada com uma boa plataforma de automatização de email marketing como é o caso da E-goi.
Também os recursos externos são bastante importantes para garantir a visibilidade no digital. De forma agregada, existem cerca de 4 milhões de angolanos presentes nas plataformas Facebook, Instagram e LinkedIn, por isso é fundamental ter uma presença activa nestas redes.
No digital “o conteúdo é rei”, por isso é importante ter uma estratégia de conteúdo, tanto para os recursos próprios, como para os recursos externos, que transforme a marca numa fonte de conhecimento relevante para o consumidor.
Por fim, já aqui disse que “As marcas e os seus empreendedores têm histórias para contar”, e o brand storytelling ajuda as marcas a conectarem-se emocionalmente com os consumidores. Por isso Kamba, não deixes de contar a história da tua marca, no teu website, nas tuas redes sociais ou em sites como o Marcas em acção.